quarta-feira, 21 de abril de 2010

Infâncias Perdidas


Em cada criança abrigada
Um olhar desamparado
Em cada menino de rua
Uma vida sem rumo
As crianças sem esperança
Carregam o lema do Brasil e sua herança
De miséria, colonizadores, burgueses e exploradores
As crianças perdidas
Com seu dom proibido, velado, adormecido
Que precisam estar entorpecidas dos malogros da vida
Aos aprendizes esquecidos
Um olhar desalmado, impiedoso
Lançado as crianças pele e osso
O estigma de perigoso, criminoso
Negando a chance de um futuro milagroso
Mas a cada mão estendida
Das cinzas é renascido
O nosso brasileirinho
Que com o talento que lhe é peculiar
Transforma a dor sem igual
Num caminho de encontro à sabedoria